Flagrante no carro: o cinegrafista e produtor no início dos anos 1970.
Foto: acervo pessoal de Neusa Michelin, divulgação.
Em 2008: um ano após a morte do marido, dona Neusa Michelin doou os antigos
filmes em latas à Universidade de Caxias do Sul.
Foto: Daniela Xu, banco de dados/Pioneiro.
Produção de seu Nazareno Michelin durante quatro décadas foi doada
por dona Neusa ao IMHC em 2008.
Foto: Daniela Xu, banco de dados/Pioneiro.
Parte da história recente de Caxias documentada em filmes está
guardada no Instituto de Memória Histórica e Cultural da UCS.
Foto: Porthus Júnior, banco de dados/Pioneiro
Exposição na Galeria Universitária segue até 18 de setembro.
Foto: Hiram Fros/IMHC, divulgação.
Equipamentos de Nazareno Michelin em diversas épocas compõem a mostra.
Foto: Anthony Beux Tessari, divulgação.
Filmes e projetores raros estão em exposição.
Foto: Anthony Beux Tessari, divulgação.
Acervo de filmes e material audiovisual é mantido em sala climatizada.
Foto: Porthus Júnior, banco de dados/Pioneiro
Publicado originalmente em Memória, de Rodrigo Lopes de Oliveira, em 11/09/2015.
Nazareno Michelin: a história em movimento.
Por Rodrigo Lopes de Oliveira.
Por Rodrigo Lopes de Oliveira.
“Ele sempre quis projetar a cidade”. O depoimento de dona
Neusa Michelin, viúva do produtor e cinegrafista Nazareno Michelin, ao Pioneiro
em 2010 resume bem o conteúdo da mostra Michelin Filmes – A História em
Movimento.
Aberta à visitação gratuita na Galeria Universitária da UCS
até 18 de setembro, a exposição destaca câmeras, rolos de filmes de 16mm e
35mmm, equipamentos para reproduzir e captar imagens em diversas bitolas, além
de LPs utilizados nas produções.
Pertencente à antiga produtora Michelin Filmes, todo esse
acervo doado por dona Neusa ao Instituto de Memória Histórica e Cultural da UCS
permitiu a seu Nazareno fazer uma preciosa radiografia da Caxias do Sul das
décadas de 1960 e 1970. Foi o período em que ele registrou desde casamentos,
aniversários, bailes e desfiles da Festa da Uva até a trajetória de empresas
que contribuíram para transformar a cidade em um polo industrial.
Trabalhando sob encomenda, Michelin soube aliar pedidos de
vídeos institucionais com sua paixão pela cidade – e pelo próprio ofício. Tanto
que uma de suas derradeiras produções foi Caxias – Da Mata Virgem à Metrópole
Industrial, contando desde a chegada dos imigrantes até o processo de
industrialização, os costumes do interior e a Festa da Uva. Detalhe: todo o
documentário foi filmado e editado com recursos próprios, sem o patrocínio de
empresas ou da prefeitura.
Filmes em 1969 e 1973
Conferir os filmes de Nazareno Michelin produzidos nos anos
1960 e 1970 é uma deliciosa viagem a um tempo em que a produção audiovisual
ainda engatinhava na cidade. Porém, olhando-se hoje, o grande valor documental
dessas imagens sobrepõe-se à sua qualidade estética.
Entre os destaques estão um filme de divulgação da Festa da
Uva de 1969 e o Conheça Caxias, de 1973. Neste último, Michelin mostra um casal
chegando a “moderna” Caxias para uma lua-de-mel e fazendo um roteiro para
conhecer a cidade. É quando são mostrados ícones como o Monumento ao Imigrante
e o antigo Pavilhão da Festa da Uva, na Rua Alfredo Chaves (prefeitura).
A produtora Michelin Filmes, atuante por 40 anos, funcionava
na Marquês do Herval, junto ao antigo Real Hotel.
Nascido em São Marcos em 1931, Nazareno Michelin faleceu em
2007, aos 76 anos.
O acervo
Doado em 2008, o acervo de Nazareno Michelin integra o
Programa IRIS (Investigação e Resgate de Imagem e Som), criado em 2006 e um dos
braços do Instituto de Memória Histórica e Cultural (IMHC) da UCS.
O IRIS acolhe e preserva acervos – filmes, negativos de
filmes e equipamentos relacionados à sua produção e projeção –,
disponibilizando-os para pesquisa e contribuindo para a formação de um banco de
dados sobre a cultura regional.
Você possui filmes antigos, institucionais ou particulares,
e deseja doar? Entre em contato pelo 3218.2167.
Trabalho de preservação
Quando chegaram a UCS, em 2008, os rolos dos filmes de
Nazareno Michelin estavam acondicionados em latas de metal. Atualmente, o
acervo está em constante processo de preservação, com a troca das embalagens
dos rolos de filmes e a higienização dos equipamentos.
Para que as películas dos filmes tenham uma vida útil mais
longa, todo o material é armazenado em uma sala com controle permanente de
umidade e temperatura.
- O armazenamento adequado é uma condição fundamental para
que o acervo possa ser digitalizado, o que facilita e amplia o acesso da
comunidade a recortes da sua própria história – explica o diretor do IMHC,
Anthony Beux Tessari.
A exposição
O que: Michelin Filmes – A História em Movimento
Quando: até 18 de setembro
Onde: Galeria Universitária da UCS (em frente ao UCS Cinema)
Informações: (54) 3218.2167.
Texto e fotos reproduzidas do site: wp.clicrbs.com.br/memoria
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