Seu Sabadi, coleciona vários clássicos cinematográfico em DVD e VHS. Foto: Éder Alves/ JEI
Além de ter vários filmes, seu Sabadi coleciona discos e uma vez e outra pega
o seu chimarrão e escuta os clássicos do passado. Foto: Éder Alves/ JEI
Publicado originalmente no site Expresso Ilustrado, em 29 de abril de 2016.
A paixão pelo cinema virou o primeiro trabalho
Por Vagner Correa.
O primeiro trabalho de seu Rubem Sabadi, 73 anos,
foi na década de 1950, quando ainda era piá, em um dos primeiros cinemas da
cidade, o Imperial. Como toda criança curiosa e sapeca, seu Sabadi pediu para
seu amigo Simão Santos ensinar os segredos de projetar os filmes. Para operar a
máquina ele precisava subir numa caixa e
ver na janela se o filme estava rodando na telinha.
Depois que fechou o Imperial, seu Sabadi foi convidado para
trabalhar no Cine Neno, já que havia apenas duas pessoas que sabiam lidar com o
projetor. O salário dele era a entrada para as sessões, porém, como se
apaixonou pela sétima arte, aceitou a proposta.
As recordações daquela época ainda estão gravadas em sua
memória. “Houve um dia em que um filme veio com as partes trocadas. Ele começou
normalmente quando chegou na segunda parte começou outro filme bem diferente,
na terceira parte voltou lá para o começo do filme, daí tivemos que encerrar a
sessão. Depois que todos foram embora, nós fomos passar o filme para ver se
acertava, mas não teve conserto”, relata.
Com a ajuda das novas tecnologias seu Sabadi criou um cinema
em casa. Coleciona vários filmes clássicos em VHS e DVDs. Já assistiu mais de
mil longas. A maioria está anotada em uma agenda com a data em que assistiu.
A segunda paixão
Após trabalhar 34 anos com o cinema, seu Sabadi foi embora
para Curitiba. Lá começou a colecionar discos. Essa segunda paixão começou em
Santiago, no entanto, como não conseguiu levar a sua coleção na bagagem,
iniciou outra e aproveitou para matar um pouquinho da saudade da cultura
gaúcha.
Em 1987 comprou um dos primeiros rádios 3 em 1 (fita, disco
e rádio), o qual guarda até hoje, e nunca precisou trocar a agulha do
toca-discos. Uma vez e outra pega o seu chimarrão e escuta os clássicos do
passado para recordar sua juventude.
Texto e imagens reproduzidos do site: expressoilustrado.com.br
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