Marcos Antônio Ferreira da Costa observa carretel de filme
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Colecionador professa o amor pelo cinema
Motorista aposentado mantém filmoteca em casa
Por Ernesto Barros
A casa do motorista aposentado Marcos Antônio Ferreira da
Costa, 59 anos, no centro de Jaboatão dos Guararapes, parece ter saído de uma
máquina do tempo. Da sala de estar até a cozinha, o visual é o de uma sala de
cinema de antigamente. Três projetores de película 16mm e dezenas de cartazes e
fotografias de filmes colados na parede fazem da residência testemunha de uma
época em que o cinema, como dizia o slogan do grupo Severiano Ribeiro, era a
maior diversão. “Desde pequeno que eu gosto de cinema. Comecei com uma caixa de
papelão, uma lâmpada de 60W e um monóculo. Eu pedia os fotogramas e colocava no
“projetor”. Quando a luz atravessava a lâmpada e aparecia a imagem, eu me
realizava”, relembra o cinéfilo inveterado.
Tamanha paixão pelos filmes e pela prática da exibição fez
com que ele somasse o nome cinema ao seu. Marcos Cinema, como se tornou
conhecido, é daquelas figuras míticas que transformaram um sonho de criança em
desejo permanente. Marcos recorda que frequentou as principais salas de cinema
do Recife e de Jaboatão. “Aqui, cresci assistindo filmes no Cineteatro Samuel
Campelo, que atualmente está em reforma. No centro do Recife, ia muito ao São
Luiz, ao Moderno, ao Trianon e ao Art-Palácio”.
E os cinemas de bairro, que ainda hoje estão nas lembranças
de quem está na casa dos 50 anos, será que Marcos também conheceu? “Eu fui para
todos. Só em Afogados me lembro de quatro: Eldorado, Central, Pathé e Capricho;
além do Rivoli e do Albatroz, em Casa Amarela; do Éden, em Campo Grande; do
Guararapes, em Areias; e do Boa Vista”.
Foto e texto reproduzidos do site: jconline.ne10.uol.com.br
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