Foto reproduzida do blog: zuboski.blogspot.com.br
VLADIMIR
CARVALHO,
cineasta e jornalista, 61 anos. Professor titular da Universidade de Brasília
nas disciplinas de cinema. Iniciador dom João Ramiro Mello e Linduarte Noronha
do ciclo de cinema que surgiu na Paraíba, no final da década de 50, em resposta
à eclosão do cinema novo no sul do país. Desse movimento resultou o
documentário ARUANDA, de que foi roteirista e que Gláuber Rocha apontou como o
início do moderno documentário no Brasil. Em Brasília desde 1970, depois de uma
longa experiencia no Rio de Janeiro, Vladimir começou com o fotógrafo Fernando
Duarte o ciclo de filmes de curta metragem que deu prestígio ao Distrito
Federal junto aos festivais e, por consequencia, provocou um significativo
surto cinematográfico na cidade. È autor de O PAÍS DE SÃO SARUÊ, que permaneceu
cerca de nove anos interditado pela censura e só foi liberado com a Anistia, em
79. Seria então premiado no Festival de Brasília, que o recusara durante o
governo Médici. Realizou, em vinte e cinco anos de atividades, quase duas
dezenas de curtas e quatro longas metragens. O seu filme O HOMEM DE AREIA,sobre
a revolução de 30 foi distinguido pelo júri do Concine como dos melhores do ano
de 1981. Como presidente da Associação Brasileira de Documentaristas, secção
DF, criou e realizou o I Festival de Filme Brasiliense, que obteve o mais amplo
sucesso, estimulando a produção local e reunindo em Brasília importantes
personalidades do cinema brasileiro, alguns seus ex-alunos, como foi o caso de
Tizuka Yamazaki. Seu terceiro longa metragem, O EVANGELHO SEGUNDO TEUTÔNIO,
obteve os prêmios de Melhor Filme (júri popular) e Especial do Júri, no
Festival de Caxambú, 1985; a Margarida de Prata, da CNBB e o troféu
"Samburá", do Festival de Fortaleza. Em 1985 a Cinemateca Uruguaia
realizou uma retrospectiva de toda sua obra, contando com sua presença nos
debates em Montevidéu. Foi membro da Cooperativa Brasileira de Cinema, do Rio,
pertence ao Conselho Consultivo da Cinemateca Brasileira, São Paulo; é membro
da Associação Brasileira de Documentaristas, da Associação Brasileira de
Cineastas, Abraci, e foi do Conselho da Editora da Universidade de Brasília.
Hoje pertence ao Conselho do Pólo de Cinema de Brasília e ao Conselho de
Cultura do Distrito Federal. Em 1987 coordenou os exames vestibulares para a
Escola de Cinema e Vídeo de Cuba, realizados na Universidade de Brasília.
Jurado de vários festivais nacionais, notadamente o de Brasília. A PAISAGEM
NATURAL, seu último curta metragem encerrou, na qualidade de "hors
concours", o Festival de Natal, 1990, e no mesmo ano recebeu o prêmio de
melhor fotografia e Panda de melhor sequência no Rio Cine FestivaL. Em 1991, A
PAISAGEM NATURAL conquistou a maior parte dos prêmios principais da Jornada
Internacional da Bahia, como os de melhor filme e melhor direção. CONTERRÂNEOS
VELHOS DE GUERRA, seu quarto longa metragem é consagrado no Festival de
Brasília, mesmo na biltola 16mm, conquistando vários prêmios, inclusive o da
crítica como o melhor filme do festival. No mesmo ano recebe a Margarida de
Prata, da CNBB e em seguida o prêmio especial do júri do Festival de Cinema
Latino Americano de Havana, Cuba. Neste ano de 1992 teve incluídos seus filmes
de curta metagem A PEDRA DA RIQUEZA e BRASÍLIA SEGUNDO FELDMAN numa antologia
do documentário latino americano do Festival do Real, no Centro Pompidou, em
Paris. No ano seguinte foi membro do júri do mesmo festival de Paris, no qual
foi exibido seu filme CONTERRÂNEOS, "hors concours". Em 1994 é
contemplado com o troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte por
CONTERRÂNEOS (melhor filme) exibido em São Paulo em 93. Em 1996 é agraciado com
o prêmio Carpe Diem / NET de Cultura, que distingue artistas de Brasília.
Para preservar a memória audio-visual de
Brasília e promover a sua divulgação, o cineasta Vladimir Carvalho, também
pesquisador, criou a Fundação Cinememória, funcionando transitóriamente como
uma espécie de embrião de uma futura cinemateca nacional em Brasília.
Texto reproduzido do site: guiadebrasilia.com.br
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