Publicado originalmente no BLOGUNIARA, em 19 de dezembro de
2014
Público desconhece trabalho de operadores cinematográficos
Post de Bruna Bortoloti
Com os avanços tecnológicos, a forma como os filmes no
cinema são projetados fica esquecida e, muitas vezes, o público não se lembra
que existe uma pessoa atrás da janelinha de onde vem uma luz, trabalhando para
que o filme seja exibido.
Poucas pessoas sabem como realmente funciona o cinema. Os
mais jovens nem imaginam que não há relação com o princípio de funcionamento de
um aparelho de DVD e muito menos com um vídeo cassete, e quando descobrem ficam
encantados. Poucos sabem que os filmes são fitas iguais aos filmes fotográficos
das antigas máquinas.
A gerente do Cine Lupo, Ana Elisa, conta que “as pessoas
quando veem os meninos, operadores, passando com os rolos de filme perguntam: o
que é aquilo? ninguém imagina”, diz.
Os filmes chegam até o cinema em vários rolos chamados de
partes, aí começa o trabalho dos operadores cinematográficos. Eles unem estas
partes, de acordo com o sentido indicado na fita, formando assim um grande
rolo. O filme está pronto para ser exibido.
O operador cinematográfico Leandro Rodrigues Nogueira, que
há quatro anos está na profissão, diz que sempre que assiste aos filmes antes
da primeira sessão. “Todos os filmes novos, temos que assistir antes da sessão
de estreia, para verificar a montagem”.
Everton Oliveira Antonio, que tem apenas duas semanas na
profissão de operador cinematográfico, não sabia como era uma cabine de
projeção. “Imaginava o funcionamento do cinema totalmente diferente e pensava
que fosse como um DVD ou uma fita de vídeo.”
Os filmes são passados para grande tela branca através de um
equipamento chamado projetor, que é uma grande cápsula metálica constituída
basicamente de uma lâmpada especial, motores elétricos e um conjunto de lentes,
onde a película que tem um quadro após o outro de imagens em sequência passa e,
através das lentes, é ampliada para tela as imagens em movimento, fazendo a
magia do cinema acontecer.
Segundo Nogueira os dias de mais trabalho são as quintas e
sextas-feiras, pois são nestes dias que acontece a troca dos filmes. “Todas as
quintas temos que desmontar os filmes que saem de cartaz, e na sexta é o dia de
montar os filmes de estreia”, conta.
Durante as sessões, o operador cinematográfico tem que ter o
dobro de atenção, pois qualquer barulho estranho na cabine de projeção pode
significar problema.
No cinema em que Nogueira trabalha, existem três salas de
exibição e, em seu horário de trabalho, toma conta de todas sozinho e tem
sempre que estar passando em cada máquina para garantir uma boa exibição.
“Durante a projeção, preciso ficar atento aos projetores,
verificar se o enquadramento e o foco estão bons e se o som está no volume
ideal. Tudo isso para garantir sempre uma boa apresentação”, finaliza.
Por: Fernando Cesar Lopasso Zavanella
Texto extraído da Ageuniara (Agência Experimental de
Notícias da Uniara).
Coordenação do curso de Jornalismo: Profª Elivanete Zupolini
Barbi
Professores Editores: Luiz Carlos Messias da Silva
Márcio Cesar B. Martinelli
Texto e imagem reproduzidos do bloguniara.wordpress.com
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