terça-feira, 21 de julho de 2020

Público desconhece trabalho de operadores cinematográficos


Publicado originalmente no BLOGUNIARA, em 19 de dezembro de 2014

Público desconhece trabalho de operadores cinematográficos

Post de Bruna Bortoloti

Com os avanços tecnológicos, a forma como os filmes no cinema são projetados fica esquecida e, muitas vezes, o público não se lembra que existe uma pessoa atrás da janelinha de onde vem uma luz, trabalhando para que o filme seja exibido.

Poucas pessoas sabem como realmente funciona o cinema. Os mais jovens nem imaginam que não há relação com o princípio de funcionamento de um aparelho de DVD e muito menos com um vídeo cassete, e quando descobrem ficam encantados. Poucos sabem que os filmes são fitas iguais aos filmes fotográficos das antigas máquinas.

A gerente do Cine Lupo, Ana Elisa, conta que “as pessoas quando veem os meninos, operadores, passando com os rolos de filme perguntam: o que é aquilo? ninguém imagina”, diz.

Os filmes chegam até o cinema em vários rolos chamados de partes, aí começa o trabalho dos operadores cinematográficos. Eles unem estas partes, de acordo com o sentido indicado na fita, formando assim um grande rolo. O filme está pronto para ser exibido.

O operador cinematográfico Leandro Rodrigues Nogueira, que há quatro anos está na profissão, diz que sempre que assiste aos filmes antes da primeira sessão. “Todos os filmes novos, temos que assistir antes da sessão de estreia, para verificar a montagem”.

Everton Oliveira Antonio, que tem apenas duas semanas na profissão de operador cinematográfico, não sabia como era uma cabine de projeção. “Imaginava o funcionamento do cinema totalmente diferente e pensava que fosse como um DVD ou uma fita de vídeo.”

Os filmes são passados para grande tela branca através de um equipamento chamado projetor, que é uma grande cápsula metálica constituída basicamente de uma lâmpada especial, motores elétricos e um conjunto de lentes, onde a película que tem um quadro após o outro de imagens em sequência passa e, através das lentes, é ampliada para tela as imagens em movimento, fazendo a magia do cinema acontecer.

Segundo Nogueira os dias de mais trabalho são as quintas e sextas-feiras, pois são nestes dias que acontece a troca dos filmes. “Todas as quintas temos que desmontar os filmes que saem de cartaz, e na sexta é o dia de montar os filmes de estreia”, conta.

Durante as sessões, o operador cinematográfico tem que ter o dobro de atenção, pois qualquer barulho estranho na cabine de projeção pode significar problema.

No cinema em que Nogueira trabalha, existem três salas de exibição e, em seu horário de trabalho, toma conta de todas sozinho e tem sempre que estar passando em cada máquina para garantir uma boa exibição.

“Durante a projeção, preciso ficar atento aos projetores, verificar se o enquadramento e o foco estão bons e se o som está no volume ideal. Tudo isso para garantir sempre uma boa apresentação”, finaliza.

Por: Fernando Cesar Lopasso Zavanella

Texto extraído da Ageuniara (Agência Experimental de Notícias da Uniara).

Coordenação do curso de Jornalismo: Profª Elivanete Zupolini Barbi

Professores Editores: Luiz Carlos Messias da Silva
Márcio Cesar B. Martinelli

Texto e imagem reproduzidos do bloguniara.wordpress.com

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