sábado, 1 de novembro de 2014

Cineasta lamenta uma cidade sem sala de cinema


Publicado originalmente no "Portal Uruguaiana", em 9 de  Julho de 2013.

Cineasta lamenta uma cidade sem sala de cinema

O documentário “Abelardo”, dirigido pela uruguaianense Ane Siderman, conta a história do projecionista do cinema de Uruguaiana.  
    
Um ano após o documentário sobre o projecionista do Cinema de Uruguaiana, “Abelardo”, ganhar dois prêmios em festivais no Chile e Bahia, o protagonista do documentário perde seu emprego. Produzido pela produtora Accorde Filmes e dirigido pela uruguaianense e cineasta Ane Siderman, o documentário “Abelardo” mostra a paixão do projecionista pelo trabalho executado por 53 anos no local.

No filme de 15 minutos, Abelardo - que também se tornou conhecido em festivais por onde passou em Portugal, Espanha, Itália, Argentina, México, Venezuela, Colômbia e Uruguai - conta que tentou seguir outras profissões, mas que não foi feliz. O humilde senhor narra que somente no cinema se sentia vivo.  O homem conta, ainda, que herdou o oficio e o nome do pai. José Antônio da Silva Ballestero, o Abelardo, disse que apenas uma vez ficou doente e assim mesmo foi trabalhar. Ganhava pouco, trabalhava sem poder tirar férias, pois não havia ninguém para substituí-lo. Mas isso não era problema para ele, Abelardo era apaixonado pela projeção.

Por conhecer o amor de um homem por seu ofício, a cineasta Ane Siderman lamenta o fechamento do cinema de Uruguaiana (justamente a um mês do Festival de Gramado). “É uma pena que uma cidade com o porte de Uruguaiana não tenha cinema hoje, pois por maior que seja a tecnologia, nada se compara à magia e grandiosidade de um cinema. Ir ao cinema é um evento social e cultural, ir com a família, com os amigos, amores, sentar na sala em frente a uma tela grande, sentir a emoção da plateia, ouvir um bom som, uma projeção de qualidade, isso não tem preço”.

Texto e imagem reproduzidos do site: portaluruguaiana.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário