quinta-feira, 4 de abril de 2019

O “chão de vidro” que guarda a memória do Cinema Cisne





Publicado originalmente no site de O Mensageiro, em 3 de dezembro de 2018 

O “chão de vidro” que guarda a memória do Cinema Cisne

A memória do cinema local é preservada de modo inusitada e original em Santo Ângelo. Um chão de vidro deixa exposta a representação da primeira sala de projeção...

Chão de vidro - sala de memórias do Cine Cisne (3) (Copy)Foi construída no hall de entrada do Cinema Cisne em Santo Ângelo, uma sala subterrânea com três metros de profundidade e cobertura de vidro temperado. Há cerca de quatro meses este curioso compartimento expõe o primeiro projetor do Cine Cisne. O equipamento está em perfeito funcionamento, é da marca alemã Bauer e tem quase 60 anos.

Ele foi utilizado até o ano de 2012 e já reproduziu quilômetros de películas e milhares de filmes. A sala representativa é composta pelo projetor, cadeiras, retificador, amplificador, uma televisão e demais equipamentos utilizados nas antigas projeções de películas. Ainda conta com um boneco realista, apelidado de “Alfredo”. O personagem que habita a sala recebeu o nome inspirado no filme “Cinema Paradiso”, cujo protagonista era um projetista com nome de Alfredo, no filme ele ensinava o funcionamento das salas de projeção para o menino Toto.

O chão de vidro que expõe a sala de memórias do Cine Cisne, fica no hall de entrada, é composto de uma estrutura de ferro e blocos de vidro de 16mm. O local desperta sensações nos visitantes, que podem pisar no vidro, tirar fotos e conhecer um pouco mais da história do cinema.

O diretor do Cinema Cisne, Flávio Panzenhagen explica que a ideia de construir a sala coberta por vidros surgiu durante as ampliações do cinema, que conta com três salas, todas com tecnologia 3D.

“Foi uma tentativa de preservar a história do Cinema Cisne de uma forma diferente. Em um primeiro momento a ideia era expor o projetor e os equipamentos no hall de entrada do cinema, que talvez ocupasse muito espaço e não tivesse a mesma visibilidade. Aí, surgiu à ideia de criar algo diferente e fazer a sala coberta com vidro”, explicou o diretor.

Flávio também conta que as reações das pessoas, ao passar sobre o vidro, são variadas. “Tem aqueles que não passam ali, de jeito nenhum. Outras aproveitam para tirar fotos”, conta Panzenhagen, que ressalta ainda que o vidro é temperado, possui camada dupla, película e pode ser retirado para a limpeza. Com mais de 50 anos de história, o Cine Cisne é o único cinema ativo em Santo Ângelo e um dos mais antigos do Estado. Com três salas, possui a capacidade para exibir mais de um filme de modo simultâneo.

Texto e imagens reproduzidos do site: jom.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário