sexta-feira, 21 de abril de 2023

Relíquia da década de 70, projetor de cinema é doado para FCMS

Um projetor igual ainda está no Glauce Rocha (Foto: Divulgação/FCMS)

Legenda da foto: Projetor de cinema de 1971 foi doado para a Fundação de Cultura de MS - (Crédito da foto: FCMS)

Publicação compartilhada do site PRIMEIRA PÁGINA, de 23 de dezembro de 2022 

Relíquia da década de 70, projetor de cinema é doado para FCMS

Projetor foi instalado no Glauce Rocha, na mesma época em que o teatro foi inaugurado, em 1971; ele funcionava a base de um dispositivo de carvão ativado

Por Naiane Mesquita

Um projetor de cinema de 1971, utilizado no Teatro Glauce Rocha e que fazia parte do acervo do local, foi doado para a FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul). Agora, ele ficará como parte do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho.

Projetor 1

“Este projetor foi instalado no Glauce Rocha na mesma época em que foi inaugurado o teatro, em 1971. Ele funcionava na base de um dispositivo chamado carvão ativado, em que você usava dois tipos de carvão, o positivo e o negativo. Quando os dois se encostavam, ele acendia uma luminosidade tipo de uma solda elétrica, e essa luminosidade era projetada na lente por um espelho côncavo. Essa lente, primeiro passava pela película, que era carregada, tinha um processo para carregar a película, que era de 35 milímetros, e aí jogava essa luminosidade na tela, na lente que projetava sobre a tela. Esse projetor é bem antigo”, explica o editor de vídeo Adão Matias, que auxiliou na montagem e desmontagem do equipamento para a mudança do Teatro Glauce Rocha para o Memorial da Cultura e da Cidadania Apolônio de Carvalho.

Adão trabalhou como operador cinematográfico em Campo Grande de 1976 até 1989, no Cine Santa Helena, Rialto, Alhambra, Cine Plaza, Cine Center, AutoCine, Cine Campo Grande I e II.

O projetor permaneceu por mais de 50 anos no Teatro Glauce Rocha. Agora é patrimônio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, devido ao pedido e esforços da coordenadora do Museu da Imagem e do Som, Marinete Pinheiro. Está exposto aos visitantes no saguão térreo do Memorial da Cultura e da Cidadania Apolônio de Carvalho. Outro projetor idêntico permanece no Teatro Glauce Rocha.

“Tenho certeza que as pessoas que frequentaram os cinemas de rua lembrarão da luz mágica projetada sobre a tela, e para os mais jovens uma reflexão do cinema como uma atividade poderosa. Penso que a imponência desse projetor de cinema pode dar uma dimensão do poder da Sétima Arte”, afirma Marinete Pinheiro, coordenadora do MIS.

Para o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Gustavo de Arruda Castelo, o Cegonha, é muito importante ter um desses projetores no prédio do Memorial, como acervo/patrimônio da FCMS. “É a história do cinema de nosso Estado viva e exposta, para que mais pessoas vejam e conheçam a riqueza da sétima arte, como ela é feita e como era projetada. A vinda dessa máquina só enriquece o acervo da Fundação de Cultura e contribui para a preservação da memória cinematográfica do nosso Estado”.

Projetor de cinema 2

O pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte da UFMS, Marcelo Fernandes, declarou que “o projetor INCOL35 do Teatro Glauce Rocha é um tímido protagonista da cena cultural campo-grandense, desde os anos de 1970. Sua missão como equipamento de projeção de filmes está terminada, mas sua exposição permanente no Memorial da Cultura será de grande importância para a preservação da memória cultural dos jovens sul-mato-grossenses”.

O Memorial da Cultura fica na avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, na Vila Carvalho.

Texto e imagens reproduzidos do site: primeirapagina.com.br

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